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China: Para Xi Jinping, ceder a Trump não é uma opção

Xi Jinping reafirma resistência às tarifas de Trump, mas enfrenta dilemas internos sobre como responder. A escalada das tensões pode levar a uma guerra comercial prejudicial para ambas as economias e o mundo.

Xi Jinping, presidente da China, afirma que não será intimidado pelas ameaças de Donald Trump de impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses. O Ministério do Comércio da China acusou os EUA de “chantagem” e declarou que lutará “até o fim”.

Embora Xi mantenha essa postura, o cenário é complicado: retaliações podem levar a uma guerra comercial devastadora, com impactos globais. Ele se mostrou como um salvador nacional, tornando inviável recuar diante das demandas dos EUA sem arriscar sua legitimidade.

Analistas afirmam que Xi construiu uma imagem de força e os líderes chineses estão determinados a resistir à pressão americana. A China cancelou acordos com investidores americanos e resistiu à venda de ativos no exterior em resposta às tarifas.

A China está disposta a conversar, mas não sob pressão e considera um confronto inevitável com a administração Trump. As tarifas de Trump são vistas em Pequim como uma tentativa de bloquear a ascensão chinesa, fazendo com que capitular não traga benefícios a longo prazo.

Encontro entre Xi e Trump se torna improvável. Enquanto Trump disse estar aberto ao diálogo, oficiais chineses hesitam em agendar uma reunião. A balança comercial permanece desfavorável à China, que importou apenas US$ 144 bilhões dos EUA, em contraste com os US$ 440 bilhões exportados.

A China considera as motivações de Trump focadas em minar sua dominância nas exportações. Xi já investiu em autossuficiência e, diante das quedas nos mercados, mobilizou bancos estatais para estabilizar ações chinesas.

O People’s Daily incentivou a confiança na economia chinesa, citando expansões de mercado e avanços tecnológicos. Contudo, uma guerra comercial ainda resultaria em dor significativa, com tarifas podendo chegar a 104%.

Os exportadores chineses enfrentam resistência em mercados como a União Europeia. No entanto, analistas acreditam que Trump pode ceder devido ao impacto econômico interno.

A China busca desviar a atenção de outros países dos EUA, com planos de visita ao Sudeste Asiático e tente construir alianças regionais contra as tarifas de Trump. Porém, Japão e Coreia do Sul têm se distanciado.

O governo chinês utilizou um vídeo que critica os EUA para reforçar sua imagem positiva, contrastando a ordem chinesa com o caos americano. Danny Russel da Asia Society destacou o uso estratégico do momento por Pequim, embora reconheça um risco global.

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