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China nega avanços nas negociações, endurece tom e exige fim das tarifas dos EUA

Tensões aumentam entre China e Estados Unidos após declarações de Pequim, que exige a remoção de tarifas como condição para retomar negociações comerciais. O governo chinês também descarta relatos de diálogo ativo, intensificando a crise entre as potências.

Reaproximação comercial entre China e EUA esfriou nesta quinta-feira, 24, após declarações do governo chinês.

O porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, destacou que Washington deve remover tarifas unilaterais como pré-requisito para qualquer progresso nas negociações. A alíquota média imposta pelos EUA é de 145%.

O governo chinês também negou a existência de negociações comerciais ativas, afirmando que relatos sobre avanços são infundados. Pequim espera uma postura mais respeitosa de Washington antes de considerar novos diálogos.

A recusa da China contrasta com declarações do ex-presidente Donald Trump, que se disse aberto a flexibilizar algumas medidas tarifárias, mas a China considera tais declarações como faltando sinceridade.

Condições da China para negociar:

  • Fim das tarifas;
  • Nomeação de um interlocutor oficial;
  • Postura mais consistente;
  • Tratamento sério de temas sensíveis, como sanções e Taiwan.

O clima entre os dois países é tenso também no âmbito militar, com críticas mútuas dificultando o engajamento entre as Forças Armadas.

O governador do Banco Central da China, Pan Gongsheng, alertou no G20 sobre os riscos que as tensões representam para a economia global, enfatizando a importância de evitar um cenário de alto atrito.

Embora seja o primeiro contato presencial entre delegações dos dois países desde o aumento das tarifas, não há reuniões bilaterais formais previstas.

Pan reafirmou o compromisso da China com livre comércio e um sistema multilateral, argumentando que "não há vencedores em guerras comerciais".

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