HOME FEEDBACK

China já vinha se blindando e ainda há dor pelo caminho, diz Livio Ribeiro, da FGV

China se prepara para resistir às tarifas dos EUA, enquanto avalia os impactos inflacionários na economia americana. A retaliação chinesa e as medidas de estímulo indicam um cenário tenso na guerra comercial global.

A guerra comercial global atual é inédita e sem paralelo na história econômica mundial, com a China mostrando uma maior capacidade de resistência do que se esperava, segundo Livio Ribeiro, do FGV/Ibre.

Ribeiro destaca que as tarifas impostas pelos EUA não podem ser comparadas a choques anteriores como a crise financeira de 2008. A volatilidade dos mercados já é visível, com quedas significativas nas bolsas asiáticas, incluindo a maior baixa de Hong Kong desde 1997.

A China, se preparando para as retaliações, projetou um crescimento de 5% do PIB e ajustou suas metas fiscais e de inflação, considerando um cenário de deflação e baixa demanda.

Impactos da retaliação: O pesquisador ressalta que a resposta da China às tarifas adicionais de 34% de Trump foi calculada de forma a não provocar reações precipitadas, mas com um foco em gerar um impacto inflacionário na economia americana.

Com um mix de estímulos fiscais e monetários, a China se prepara para lidar com as consequências, considerando o cenário como uma oportunidade para aumentar sua influência na Ásia, América Latina e África.

A disputa está em um jogo de pressão recíproca e, conforme Ribeiro, ainda há espaço para a diplomacia, mas mudanças significativas e duras estão por vir. O cenário atual é único e a volatilidade elevada é uma nova forma de lidar com as tensões globais.

Em resumo, a lançamento de tarifas por parte dos EUA e a resposta da China pode moldar um futuro incerto onde as relações comerciais globais estão em constante reavaliação. A intensificação do conflito é uma realidade e a capacidade de adaptação de ambos os lados será crucial.

Leia mais em infomoney