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China inicia construção da maior hidrelétrica do mundo e mercado se anima

A China inicia a construção da maior usina hidrelétrica do mundo, em um projeto que pode gerar significativos impactos econômicos e ambientais. O governo se compromete a priorizar a conservação ecológica, em meio a preocupações de vizinhos sobre os efeitos do empreendimento.

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, anunciou o início da construção da maior usina hidrelétrica do mundo no Planalto Tibetano, com custo estimado em US$170 bilhões.

Este projeto, o mais ambicioso desde a usina de Três Gargantas, foi visto pelos mercados chineses como um sinal de estímulo econômico, aumentando os preços das ações e os rendimentos dos títulos.

A hidrelétrica será composta por cinco usinas em cascata, com capacidade para produzir 300 bilhões de quilowatts-hora de eletricidade anualmente, equivalente ao consumo do Reino Unido no ano passado.

A barragem estará situada na parte inferior do Yarlung Zangbo. No entanto, Índia e Bangladesh expressaram preocupações sobre o impacto do projeto, e ONGs alertaram para os riscos ambientais.

Pequim defendeu que a hidrelétrica irá atender à demanda energética sem prejudicar o abastecimento de água ou o meio ambiente. A operação está programada para a década de 2030.

Wang Zhuo, da Shanghai Zhuozhu Investment Management, mencionou que os projetos hidrelétricos oferecem bons dividendos, mas alertou para a especulação nos mercados.

Li Qiang descreveu a hidrelétrica como um "projeto do século", ressaltando a necessidade de conservação ecológica para evitar danos ambientais.

Os rendimentos dos títulos do governo subiram, com o mercado respondendo positivamente às notícias de estímulo econômico. O projeto, gerido pela China Yajiang, representa um grande impulso para o crescimento econômico.

De acordo com o Citi, o investimento pode aumentar o PIB em até 120 bilhões de iuanes (US$16,7 bilhões) em um ano. Contudo, o governo chinês não revelou o número de empregos que o projeto poderá gerar.

A construção das Três Gargantas, que levou quase duas décadas, gerou cerca de um milhão de empregos, mas também resultou na remoção de um número similar de pessoas.

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