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China gera novo choque de exportações no mundo em meio à guerra comercial

China intensifica exportações e remodela economias globais diante de tarifas americanas, enquanto seus produtos inundam mercados da Indonésia à Alemanha. A estratégia de Pequim, impulsionada pela crise imobiliária, desafia os padrões tradicionais de desenvolvimento econômico.

China redefine comércio global com novas exportações

Há 20 anos, a China surpreendeu os EUA com sua capacidade de produção em massa. Hoje, um novo choque chinês está impactando economias mundiais, de Indonésia a Alemanha.

Com a exclusão gradual da China como maior fornecedor dos EUA devido a tarifas de Donald Trump, as exportações chinesas se diversificam, resultando em um superávit comercial de quase US$ 500 bilhões neste ano — um aumento de 40% em relação ao anterior.

A saturação do mercado interno, causada por uma crise imobiliária, levou o governo a injetar recursos em setores manufatureiros. Assim, a China tem se adaptado, redirecionando suas exportações para o sudeste asiático, América Latina e Europa.

A estratégia de exportação da China tem gerado tensões comerciais, com os parceiros, como Vietnã e Camboja, sob pressão de tarifas elevadas.

Embora o governo chinês adote políticas industriais desde 2015, a produção de itens mais baratos ainda predomina. Isso gera um novo desafio para economias globais, que enfrentam a concorrência chinesa.

Aumento nas importações chinesas está impactando a manufatura local, especialmente na Indonésia, onde 250 mil empregos na indústria de vestuário foram perdidos, e no Brasil, onde montadoras buscam proteção contra os carros chineses.

Os países agora têm duas alternativas: proteger suas indústrias com tarifas ou aceitar a avançada presença chinesa no mercado. A decisão está moldando as cadeias de suprimentos globais em um contexto geopolítico cada vez mais complexo.

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