China gasta bilhões para virar superpotência de IA e enfrentar EUA
Empresas chinesas aceleram desenvolvimento de IA com sistemas de código aberto após bloqueio da OpenAI. A estratégia do governo chinês visa superar as restrições dos EUA e democratizar o acesso à tecnologia de inteligência artificial.
OpenAI bloqueou acesso da China aos seus sistemas de IA em julho, mas programadores chineses reagiram rapidamente, utilizando sistemas de código aberto.
Nos últimos anos, empresas como DeepSeek e Alibaba desenvolveram sistemas de IA de código aberto competitivos, diminuindo a diferença em relação aos Estados Unidos.
A estratégia do governo chinês: injetar recursos estatais em toda a cadeia tecnológica, promovendo a fabricação local e tecnologia IA.
Desde 2014, o governo investiu quase US$ 100 bilhões em semicondutores e anunciou outros US$ 8,5 bilhões para startups de IA em abril.
Além disso, Pequim orientou bancos e governos locais a financiar ideias inovadoras em IA, criando espaços para incubação de startups.
As empresas chinesas utilizam dados aprovados pelo governo para treinamento de IA, utilizando sua vasta banco de dados sobre comportamento online.
No entanto, a abordagem industrial teve pontos fracos, como concorrência intensa entre startups e dificuldades em adaptar-se a novas tecnologias.
A SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corp) é a principal fabricante de chips, mas enfrenta limitações em comparação com chips da Nvidia.
Empresas chinesas, como Huawei e ByteDance, estão apostando no código aberto para acelerar a evolução de suas tecnologias em IA e se equiparar a concorrentes no Vale do Silício.
A OpenAI advertiu que empresas como DeepSeek podem dominar mercados globais, enquanto o CEO Sam Altman ressaltou a competição ideológica entre IA democrática e autoritária.
O uso de código aberto na China é visto como uma forma de soft power tecnológico que pode atrair talentos ao redor do mundo.