China exige informações sensíveis para exportações de terras raras, alertam empresas
Empresas ocidentais alertam sobre exigências de informações sensíveis na negociação de terras raras com a China. Medidas de controle mais rigorosas acendem preocupações sobre segurança comercial e possíveis roubos de dados.
China exige informações comerciais em troca de fornecimento de terras raras e ímãs, segundo relatos de empresas ocidentais ao “Financial Times”.
O Ministério do Comércio chinês solicita detalhes de produção e listas confidenciais de clientes como requisito para o fornecimento.
A China domina o processamento global desses elementos, essenciais para a cadeia de suprimentos.
Ímãs são amplamente usados em:
- eletrônicos
- turbinas eólicas
- motores de veículos elétricos
- setor de defesa, como aviões de combate
No início de abril, Pequim introduziu controles de exportação mais rígidos sobre sete metais de terras raras em retaliação aos Estados Unidos, gerando uma corrida global por suprimentos.
Com o atual regime de licenciamento, a China exige que empresas internacionais submetam dados abrangentes sobre:
- operações
- força de trabalho
- aplicações finais
- informações de produção
As empresas podem ser solicitadas a enviar imagens de produtos e informações de relações comerciais anteriores.
Especialistas apontam que as exigências vão além das diretrizes oficiais. Um advogado especializado afirmou ao "Financial Times" que o ministério frequentemente solicita detalhes sobre produção e operações dos usuários finais.
As solicitações são enviadas por fornecedores chineses aos escritórios locais do ministério, aumentando as preocupações sobre roubo de dados e exposição de parceiros comerciais.