China está disposta a trabalhar com o Brasil para defender 'equidade internacional' frente aos EUA
China se oferece para cooperar com o Brasil diante das ameaças tarifárias dos EUA. Ministro das Relações Exteriores do Brasil busca diálogo com Washington enquanto prepara um plano de contingência para mitigar impactos econômicos.
China disposta a colaborar com o Brasil para enfrentar tarifas dos EUA, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, em entrevista em Pequim.
A China pretende proteger o sistema multilateral de comércio e a justiça internacional juntamente com o Brasil, demais países da América Latina e do Brics, diante da ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que poderão entrar em vigor em 1º de agosto.
Guo Jiakun enfatizou que guerras tarifárias não beneficiam ninguém e que práticas unilaterais são prejudiciais. O Brasil é um dos mais impactados caso as tarifas sejam implementadas.
Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, está nos EUA para discutir tarifas e aguarda um contato de Washington, enquanto o governo Lula prepara um plano de contingência para mitigar efeitos econômicos.
Sobre a abertura do mercado chinês a produtos brasileiros, Jiakun reiterou a importância da cooperação baseada em princípios de mercado para o desenvolvimento mútuo, incluindo setores como o de aviação.
Em relação à retomada das negociações entre EUA e China, Guo Jiakun destacou a necessidade de que ambos os países trabalhem juntos para reduzir mal-entendidos e promover relações econômicas estáveis e sustentáveis.
Por fim, o porta-voz afirmou que a China deseja que divergências sejam resolvidas através de diálogo igualitário e se opõe a acordos que possam prejudicar seus interesses, como o acertado entre EUA e União Europeia.