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China e União Europeia retaliam tarifas dos Estados Unidos e agravam guerra comercial

Retaliações instauram instabilidade nos mercados globais enquanto EUA, China e UE intensificam tarifas. Especialistas alertam para riscos de inflação e desemprego em escala mundial.

Escalada da guerra comercial liderada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, teve novos desdobramentos nesta quarta-feira (9).

A China e a União Europeia intensificaram medidas retaliatórias, causando instabilidade nos mercados financeiros globais.

A partir de quinta-feira (10), produtos americanos na China serão taxados em até 84%, em resposta às tarifas dos EUA, que chegaram a 104% sobre importações chinesas.

O Ministério do Comércio chinês declarou que as ações dos EUA “infringem seriamente os direitos da China”, mas confirmou disposição para diálogo com “respeito mútuo”.

A União Europeia aprovou tarifas de até 25% sobre € 21 bilhões (R$ 140 bilhões) em produtos dos EUA, a serem implementadas na próxima semana. As tarifas poderão ser suspensas se os EUA aceitarem um acordo comercial "justo".

Os mercados globais reagiram negativamente, com quedas de cerca de 4% nas bolsas europeias e um recuo de 3,93% no índice Nikkei, em Tóquio.

Nos EUA, o preço do petróleo caiu para o menor nível em quatro anos, refletindo receios de uma desaceleração econômica global. No Brasil, o dólar chegou a R$ 6,10, enquanto o Ibovespa operava em baixa.

Trump reafirmou sua estratégia, afirmando que está pressionando outros países a negociar. Autoridades americanas alertaram para o risco de novas retaliações, enquanto a ONU expressou preocupação com os efeitos devastadores da guerra comercial nos países em desenvolvimento.

O cenário permanece imprevisível, com a China pronta para continuar a retaliação e os EUA abertos a "acordos sob medida". A União Europeia planeja novas medidas na próxima semana.

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