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China e UE chegam a acordos estreitos sobre clima e terras raras após reunião tensa em Pequim

Cúpula entre a China e a União Europeia evidencia divisões sobre apoio à Rússia e subsídios comerciais, mas avança em compromissos climáticos e exportações de minerais críticos. A reunião destacou as tensões comerciais no contexto de prazos para acordos com os Estados Unidos e tarifas iminentes.

PEQUIM - Em uma cúpula de alto nível realizada em Pequim no dia 24, representantes da União Europeia e da China discutiram diversos temas, mas sem muitos avanços.

Não houve consenso sobre o apoio chinês à Rússia na guerra da Ucrânia e sobre os subsídios chineses às exportações. No entanto, ambos concordaram sobre mudanças climáticas e uma maior cooperação na exportação de minerais críticos.

A reunião contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente chinês, Xi Jinping.

Durante a cúpula, aumentou-se o compromisso com o Acordo de Paris, criado para reduzir gases de efeito estufa. A China concordou em estabelecer um procedimento para exportações de emergência de metais de terras raras para a Europa, mas isso não atendeu plenamente as demandas das empresas europeias.

Queixas sobre comércio da Europa, que busca limitar exportações chinesas apoiadas por subsídios, foram deixadas sem solução. A China nega as acusações e pede que a UE revogue tarifas e aceite mais importações chinesas.

Há uma discordância significativa sobre o apoio chinês à Rússia durante a guerra.

Do lado comercial, a China quer que a UE levante tarifas sobre carros elétricos e facilite suas exportações. Europeus expressaram preocupações sobre empréstimos a baixas taxas feitas por bancos estatais chineses, resultando em um superávit comercial de US$ 350 bilhões da China com a UE.

Essas conversas ocorrem em um momento crítico, enquanto ambos os lados se aproximam de prazos comerciais com os Estados Unidos, com a ameaça de tarifas elevadas pairando sobre as negociações.

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