China e Europa têm uma relação cada vez mais conflituosa em meio ao isolamento americano
Cúpula entre China e União Europeia enfrenta tensões que comprometem o diálogo comercial. Questões relacionadas a tarifas, subsídios e segurança ampliam o abismo entre as duas potências.
Cúpula China-UE em Pequim, marcada para iniciar em 24 de maio, tem como objetivo celebrar 50 anos de laços diplomáticos, mas já é considerada fadada ao fracasso.
No início do ano, relações entre China e UE pareciam se aquecer, com promessas de cooperação, mas especialistas em Bruxelas acreditam que isso é uma manipulação em resposta aos EUA, dada a cautela em relação a ambos os lados.
A cúpula deveria ocorrer na Europa, mas um desejo de um encontro direto com o presidente Xi Jinping levou os europeus a viajar para Pequim, resultando em desencontros.
Problemas subjacentes incluem:
- Acusações da UE de que a China prejudica indústrias com produtos subsidiados;
- Controvérsias sobre o controle chinês de terras raras.
- Apoio da China à Rússia na guerra da Ucrânia;
- Aumentos em ataques cibernéticos contra a UE;
- Pressões militares em Taiwan.
Dados recentes mostram que o dívida comercial da UE com a China cresceu, com um aumento de 7% nas exportações chinesas e uma queda de 6% nas importações da UE.
O setor automotivo é crítico, com projetos de veículos elétricos (VEs) chineses custando 20% menos que os europeus, levando a UE a considerar tarifas de até 45% para proteger sua indústria.
A UE também se mostra preocupada com a retenção de metais raros pela China, impactando severamente várias indústrias europeias.
Preocupa a UE o suporte chinês à Rússia e as crescentes alegações de ataques cibernéticos, com autoridades europeias prontas para impor sanções.
Ao mesmo tempo, a China tenta dividir a UE, pensando em países individuais como Alemanha e França para fortalecer laços, enquanto evita apaziguar a liderança da UE.
A cúpula se aproxima, mas os desafios profundos entre China e UE permanecem.