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China e EUA acendem luz amarela para risco bancário

A redução nas margens de juros dos bancos chineses levanta alarmes sobre a saúde financeira do setor, com 81% dos instituições abaixo do limite de rentabilidade. Nos EUA, bancos regionais enfrentam riscos semelhantes com empréstimos a imóveis comerciais em alta, enquanto a liquidez do sistema permanece frágil.

Taxas de empréstimo em queda: 80% dos bancos chineses enfrentam margens de juros abaixo do limite rentável, indica levantamento do Nikkei Asia.

Dos 58 bancos analisados na China continental e Hong Kong, 54 relataram redução nas margens de juros em comparação ao ano fiscal anterior.

  • A receita líquida de juros é a diferença entre os juros recebidos e pagos.
  • Margens de juros abaixo de 1,8% são consideradas preocupantes; 81% dos bancos (47) estão nessa situação.
  • Em 2019, apenas 10% dos bancos estavam abaixo desse limite.

O pesquisador Shinichi Seki alerta que "riscos dos tomadores não estão refletidos nas taxas de juros", aumentando o potencial de inadimplência.

Nos EUA, alguns bancos, como Comerica e Bank OZK, estão em riscos elevados devido a altos índices de empréstimos para imóveis comerciais.

  • A liquidez permanece comprometida: muitos bancos têm depósitos superiores a 50% sem seguro.
  • Perdas não realizadas em títulos de longo prazo superam US$ 480 bilhões no primeiro trimestre de 2025.

Segundo a Mirabaud, a pressão no mercado pode reemergir se as taxas de juros permanecerem altas.

Para garantir a resiliência do sistema, é necessária:

  • Extensão das exigências de ativos líquidos de alta qualidade a mais bancos.
  • Fortalecimento das exigências de capital para absorver perdas.

Próximo gatilho: deterioração na qualidade do crédito ou um "leilão" fracassado pelo Tesouro dos EUA.

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