China diz que pode viver sem commodities dos EUA e promete mais incentivos
China considera alternativas para suprir demandas internas e reduzir dependência de importações dos EUA. Medidas de apoio ao setor produtivo nacional são discutidas em resposta à guerra comercial.
China pode dispensar importações dos EUA
Autoridades chinesas afirmaram nesta segunda-feira (28) que o país pode prescindir de importações de commodities dos EUA. A produção agrícola e energética interna, juntamente com importações de outros países, seriam suficientes para atender à demanda.
A informação é do Financial Times. Os comentários foram feitos durante uma coletiva de imprensa, onde o governo buscou tranquilizar a população sobre a economia e prometeu ampliar o apoio para mitigar os efeitos da guerra comercial liderada pelo presidente Donald Trump.
- Medidas incluem aumento de financiamentos e apoio ao crédito para exportadores.
- Ajuda aos fabricantes chineses para venderem mais no mercado interno.
- Busca por novos mercados no exterior.
A perda do mercado chinês representaria um golpe significativo para produtores agrícolas americanos, que enviaram cerca de US$ 33 bilhões em produtos para a China em 2023. Além disso, os EUA venderam aproximadamente US$ 15 bilhões em petróleo, gás e carvão.
A participação dos EUA nas importações de alimentos da China caiu de 20,7%% em 2016 para 13,5%% em 2023, enquanto a do Brasil aumentou de 17,2%% para 25,2%% no mesmo período.
Ainda que o governo Trump deseje dialogar com Pequim, a China mostra pouco interesse nas negociações, classificando diversas vezes como falsas alegações de que as conversas estariam em andamento. Recentemente, o governo chinês indicou que os EUA precisam cancelar suas tarifas como condição para que as conversas comerciais sejam iniciadas.