HOME FEEDBACK

China diz que pode suprir a falta de importações agrícolas e energéticas dos EUA

China afirma que pode superar dependência das importações agrícolas e energéticas dos EUA e mantém meta de crescimento do PIB. Autoridades garantem que o país está preparado para enfrentar os impactos da guerra comercial com medidas de apoio econômico.

Autoridades econômicas da China afirmaram que o país poderá dispensar importações agrícolas e energéticas dos EUA, enquanto mantêm a meta de crescimento de 5% do PIB para este ano, apesar da guerra comercial com os americanos.

Durante coletiva, Zhao Chenxin, vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, afirmou que a produção doméstica, aliada a importações de fontes não americanas, atenderia à demanda:

  • "Mesmo que não compremos grãos dos EUA, isso não terá muito impacto no fornecimento”, disse Zhao.
  • Importações agrícolas dos EUA são substituíveis, impactando pouco os suprimentos de energia.

A perda do mercado chinês seria um grande revés para os agricultores americanos, que exportaram aproximadamente US$ 33 bilhões em produtos agrícolas para a China em 2023.

A participação dos EUA nas importações de alimentos da China caiu de 20,7% em 2016 para 13,5% em 2023, enquanto a do Brasil subiu de 17,2% para 25,2% no mesmo período.

Apesar do desejo da administração Trump de negociar com Pequim, a China tem se mostrado pouco interessada em diálogos e exige que os EUA cancelem tarifas como ponto de partida.

Com tarifas bilaterais superiores a 100%, o comércio entre as duas potências está em queda, provocando dispensas em fábricas chinesas.

De acordo com Zhao, Pequim está confiante em atingir a meta de crescimento, embora reconheça o aumento de choques externos.

Medidas para estabilizar a economia incluem apoio ao emprego e ao crédito para exportadores, além de planos para aumentar contratações em empresas estatais.

A taxa de desemprego urbana em março foi de 5,2%, com a taxa de desemprego juvenil em 16,5%.

Segundo Louise Loo, economista-chefe na Oxford Economics, os formuladores de políticas estão em modo de alerta máximo para estabilizar o emprego e apoiar empresas afetadas.

Leia mais em folha