China diz que ataque de Israel ao Irã é “inaceitável”
China condena ataques aéreos de Israel contra o Irã e defende solução diplomática para crise. Ministro Wang Yi reafirma compromisso de atuar nas negociações de paz entre as nações.
Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou em 14.jun.2025 que os ataques israelenses ao Irã são “inaceitáveis”.
Durante uma conversa telefônica com o homólogo israelense, Gideon Saar, Wang enfatizou que é dever da comunidade internacional chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Segundo o South China Morning Post, a China está disposta a “ter um papel construtivo” nas negociações de paz. Para Wang, uma solução diplomática ainda é possível.
A China tem manifestado a necessidade de uma saída diplomática desde o início dos bombardeios, embora suas ações sejam mais tímidas se comparadas às dos Estados Unidos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, reiterou que a China se opõe a “qualquer violação” da soberania iraniana. Lin também declarou: “A escalada repentina da situação regional não é do interesse de nenhuma das partes”.
Quando questionado sobre um possível fechamento do estreito de Ormuz pelo Irã como retaliação a Israel, Lin não comentou “cenários hipotéticos”.
Os EUA, histórico aliado de Israel, estão mais envolvidos nas negociações. O presidente Donald Trump anunciou que está trabalhando para “apaziguar o conflito” e vetou um plano israelense para eliminar um líder iraniano.
A relação da China com o Irã, embora boa, não é tão próxima quanto a dos EUA com Israel. O Irã integra a iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda e, em 2021, os dois países assinaram um acordo de cooperação estratégica de 25 anos, envolvendo investimentos chineses de US$ 400 bilhões e venda de petróleo iraniano.
Recentemente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, esteve em Pequim para discutir o programa nuclear, com apoio chinês para tecnologia nuclear pacífica.
A China também mantém relações estratégicas com Israel, incluindo parcerias no campo militar. Desde 1992, os países têm relações diplomáticas que incluem colaborações em tecnologia militar.