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China critica sistema antimíssil Domo Dourado de Trump

A China expressou graves preocupações sobre o plano de Donald Trump para desenvolver um sistema de defesa antimísseis, alertando para possíveis implicações agressivas e a militarização do espaço. O projeto, que ainda é uma proposta inicial, levanta dúvidas sobre sua viabilidade e custo, além de reascender debates sobre a corrida armamentista.

China critica projeto de defesa dos EUA

A China expressou sua preocupação nesta quarta-feira (21) em relação ao anúncio de Donald Trump sobre o desenvolvimento do sistema de mísseis balísticos, denominado Domo Dourado.

A porta-voz diplomática chinesa, Mao Ning, afirmou que os EUA buscam "segurança absoluta", o que compromete a segurança global e o equilíbrio estratégico. Ela destacou que o projeto tem "fortes implicações ofensivas" e aumenta a militarização do espaço.

O Domo Dourado ainda é uma proposta inicial. Trump prevê um investimento de R$ 140 bilhões no orçamento militar de 2025-2026, com custo total estimado de R$ 1 trilhão, com operação prevista até 2029.

Contudo, a proposta enfrenta resistência do Congresso, que já estimou um custo real de R$ 2,8 trilhões em 20 anos. Além disso, interceptar mísseis intercontinentais é um desafio complexo para a atual tecnologia dos EUA.

A China, com 600 ogivas nucleares, é a terceira maior potência atômica, enquanto EUA e Rússia detêm quase 90% do arsenal nuclear mundial. A Rússia, por sua vez, adotou uma postura mais conciliadora em relação ao Domo Dourado, sugerindo que o projeto possa impulsionar negociações sobre controle de armas entre as potências.

As tensões atuais refletem a relação entre os EUA e seus adversários nucleares. Trump, que teve conversas com Putin, começou uma mudança na política de controle de armas durante seu primeiro mandato, enquanto Biden manteve acordos existentes. O tratado Novo Start expirará em 2026, e as discussões sobre a inclusão da China nos controles nucleares continuam estagnadas.

A militarização do espaço avança, com várias potências investindo em tecnologias como hipersônicos. O tratado de 1967 apenas proíbe armas nucleares fora do planeta, deixando o espaço cada vez mais estratégico para a defesa global.

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