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China começa obra de megahidrelétrica no Tibete que será a maior do mundo. Veja por que isso preocupa a Índia

Premiê chinês dá início à construção de usina hidrelétrica no Tibete, com previsão de investimentos bilionários. A obra promete gerar grande quantidade de energia, mas pode acirrar tensões diplomáticas com a Índia e levantar preocupações ambientais.

Premiê chinês Li Qiang lançou a construção de um megaprojeto de usina hidrelétrica no Rio Yarlung Tsangpo, no Tibete, com investimento de 1,2 trilhão de yuans (US$ 167 bilhões ou R$ 933 bilhões).

O projeto será gerido pela nova empresa China Yajiang Group e incluirá cinco barragens em cascata, localizadas na cidade de Nyingchi. A energia gerada será, em sua maioria, transferida para fora do Tibete.

Embora detalhes sobre a capacidade do projeto não tenham sido divulgados, ele pode se tornar a maior hidrelétrica do mundo, superando a Usina de Três Gargantas. O investimento torna essa obra uma das mais caras da História e um potencial impulso para a economia de Pequim.

Entretanto, a construção da barragem pode gerar tensões diplomáticas com a Índia, pois o Yarlung Tsangpo atravessa Arunachal Pradesh e alimenta rios indianos. A China assegura que não haverá impactos negativos nas áreas a jusante.

Ambientalistas expressam preocupações sobre os efeitos irreversíveis das barragens na biodiversidade da região, que abriga uma reserva natural nacional. A construção enfrentará desafios logísticos devido ao relevo acidentado e ao transporte de equipamentos para o local remoto.

Rumores sobre o projeto começaram em dezembro, com a Xinhua noticiando a aprovação de um "projeto hidrelétrico" no trecho inferior do Yarlung Tsangpo, mas sem detalhes sobre cronograma ou porte. O governo chinês afirma que o projeto será seguro e ambientalmente sustentável.

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