China anuncia estímulos à economia antes de negociações sobre tarifas
China implementa medidas econômicas significativas antes de negociações comerciais com os EUA. Cortes nas taxas de juros visam estabilizar a economia e fortalecer a posição chinesa nas discussões.
Governo da China impulsiona a economia antes de negociações comerciais com os EUA, anunciando políticas para fortalecer a posição de Pequim.
O vice-primeiro-ministro He Lifeng viajará à Suíça para reuniões com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer.
Em coletiva, o presidente do banco central, Pan Gongsheng, anunciou cortes nas taxas de juros que podem injetar 2,1 trilhões de yuans na economia, o maior alívio monetário desde o início da guerra comercial.
As negociações, começando no sábado, têm elevado a confiança, mas a grande questão é se Trump reduzirá as tarifas impostas. Uma pausa de 90 dias em tarifas punitivas, exceto fentanil, é uma possibilidade discutida.
Economistas divergem: o HSBC prevê redução de 50% nas tarifas, enquanto Morgan Stanley sugere uma abordagem gradual. Tarifas altas ainda ameaçam o comércio e exigem mais estímulos por parte da China.
As negociações podem oferecer uma oportunidade de reduzir tensões globais, mas um acordo satisfatório para Trump pode levar meses. O Banco Popular da China está determinado a estimular a economia com cortes generalizados nas taxas de juros.
Ainda não foram anunciados novos gastos públicos significativos. O governo planeja estímulos fiscais sem precedentes ao longo do ano, com previsão de 1 a 1,5 trilhão de yuans adicionais.
Apesar da queda nos fluxos comerciais com os EUA, o comércio geral da China se mantém, redirecionando produtos para outros países. A situação pode deteriorar mais, exigindo ações rápidas do governo.
Os analistas acreditam que as negociações devem preparar o terreno para futuras discussões mais substanciais, mas a realidade é que nenhum dos lados pode arcar com as tarifas altas atualmente.