Chime, uma fintech de inclusão bancária, dispara 37% na estreia na Nasdaq
Chime registra forte estreia na Nasdaq com alta de 37% e valuation de US$ 19,1 bi. A fintech, focada em desbancarizados, já fatura bilhões, mas ainda não obteve lucro.
Chime, uma fintech americana e neobank, arrecadou US$ 864 milhões em seu IPO na Nasdaq. A ação estreou a US$ 47, acima dos US$ 27 do bookbuilding, e fechou a US$ 37, com alta de 37%.
A Chime oferece contas digitais gratuitas focadas em americanos com renda abaixo de US$ 100 mil ao ano e possui 8,6 milhões de clientes ativos. Apesar de faturar US$ 1,7 bilhão no último ano, nunca reportou lucro.
O valor de mercado diluído da Chime após o IPO foi de US$ 19,1 bilhões, uma queda em relação aos US$ 25 bilhões em rodada de private funding em 2021.
Fundada em 2012 em São Francisco, a fintech se destaca por sua fonte de receita baseada em taxas de transações com comerciantes, representando 76% da sua receita. A Chime contorna limites regulatórios para cobrar tarifas mais altas por meio de seus parceiros, Bancorp Bank e Stride Bank.
Além de isenção de tarifas, a Chime oferece aos clientes do programa SpotMe a possibilidade de ficar no vermelho em até US$ 200 sem custos financeiros.
As receitas cresceram 60% nos últimos dois anos. No entanto, analistas alertam que a arbitragem regulatória poderá ter limitações.
Os fundadores da Chime possuem 70% do capital com direito a voto, e a empresa levantou até o IPO um total de US$ 2,65 bilhões com o apoio de investidores como DST Global e General Atlantic.
Outras startups devem aproveitas as recentes janelas para IPOs nos EUA, com alta média de 25% no primeiro dia de negociação este ano, o maior percentual desde 2020.