Chile quer voos diretos de Campo Grande para atrair brasileiros a roteiros ainda pouco explorados
Chile e Brasil visam expandir rotas aéreas, com foco em Campo Grande e Antofagasta, para atender ao crescente fluxo de turistas brasileiros. A subsecretária de Turismo do Chile destaca a importância dessa conexão para explorar regiões ainda desconhecidas do país.
BRASÍLIA - O governo do Chile está em conversas com autoridades do Brasil para ampliar rotas aéreas e fortalecer o turismo entre os países. A proposta inclui a criação de voos diretos de Campo Grande (MS) para Antofagasta, facilitando acesso à região norte chilena.
A subsecretária de Turismo do Chile, Veronica Pardo, destacou que o Brasil é um parceiro estratégico. O número de turistas brasileiros no Chile subiu de 247 mil em 2022 para 787 mil em 2023, um aumento de 223%. Já o fluxo de turistas chilenos para o Brasil cresceu 218%.
Pardo afirma: "O desafio é apresentar regiões do Chile que não são conhecidas pelos brasileiros". Atualmente, as 15 rotas aéreas disponíveis conectam apenas 11 estados brasileiros à Santiago.
A proposta inclui voos diretos para regiões como:
- Arica: praias e sítios arqueológicos.
- Iquique: patrimônio histórico e opções de comércio.
- Antofagasta: acesso ao Deserto do Atacama e áreas geológicas.
Pardo está dialogando com a Embratur, companhias aéreas e governadores. Ela comentou: "Estamos abertos a outros Estados. Os governadores podem subsidiar os primeiros voos."
A ascensão do turismo deve-se também ao programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), lançado pelo governo brasileiro, que investiu R$ 3,3 milhões para 70 mil novos assentos internacionais em 2024/2025. Para este ano, foram alocados R$ 63,6 milhões em recursos públicos e as companhias aéreas devem investir um total de R$ 126,6 milhões nas expansões.