Chile negocia com os EUA: ministro da Fazenda diz estar otimista, mas cauteloso
Ministro da Fazenda chileno destaca a importância de manter diálogos comerciais com os EUA enquanto enfrenta incertezas globais. Marcel expressa otimismo moderado sobre o crescimento econômico do Chile diante de tensões comerciais.
Chile otimista, mas cauteloso após negociações comerciais com os EUA, segundo o ministro da Fazenda, Mario Marcel.
Em reunião com o secretário-adjunto do Tesouro americano, Michael Faulkender, Marcel expressou esperança. “Acredito que há uma grande convergência de interesses entre os EUA e o Chile”, disse ele, mantendo uma postura de cautela.
Marcel excluiu impactos das tensões comerciais sobre a inflação, mas destacou preocupações sobre o crescimento econômico. “Incertezas nos mercados e desorganização do comércio são nossas principais preocupações”, acrescentou.
O Chile, que possui acordos comerciais com dezenas de países, enfrenta desafios com as tarifas do ex-presidente Donald Trump, que prejudicaram exportações de produtos como frutas e peixes. O país busca manter diálogo com os EUA enquanto aprofunda laços com outras nações, especialmente a China, seu maior parceiro comercial.
Marcel destacou que o Chile não "dirige o comércio", mas visa firmar acordos de livre comércio. A indústria de lítio do Chile atrai diversos investimentos, não só da China, e novas parcerias podem ser anunciadas em maio.
Autoridades chilenas e o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, se reuniram em abril e planejam novos encontros para discutir segurança econômica e barreiras comerciais.
Marcel mencionou a turbulência atual e as incertezas sobre a nova ordem internacional do comércio. O governo chileno projeta crescimento de 2,5% no PIB este ano, apesar da inflação annual em 4,9%, acima da meta de 3%. Isso limita novos cortes de juros.