Chefe de gabinete nega no Congresso ligação de Milei com 'criptogate'
Investigação sobre a criptomoeda $LIBRA envolve declarações de Guillermo Francos no Congresso. Críticas à falta de transparência e possíveis vínculos com o presidente Javier Milei marcam o "criptogate".
Chefe de Gabinete da Argentina, Guillermo Francos, declarou perante o Congresso que Javier Milei "não mantém nem manteve vínculo com o projeto $LIBRA", uma criptomoeda promovida pelo presidente.
A afirmação ocorreu em um contexto de investigação sobre a queda de 90% no valor da criptomoeda em 14 de fevereiro, resultando em prejuízos de US$ 250 milhões após a exclusão de uma publicação no X.
Uma comissão parlamentar foi criada para apurar se Milei agiu de má-fé, conhecida como "criptogate". Francos explicou que a postagem foi feita para divulgar um projeto de impulso econômico, sem qualquer participação do Estado.
Ele afirmou: "Não houve benefício econômico, relação contratual ou participação do governo". Francos compareceu sozinho à Câmara dos Deputados, enquanto outros ministros faltaram à interpelação.
Deputados questionaram a ausência de transparência, apontando que a postagem de Milei continha um número de contrato para aquisição do criptoativo, que não era público à época. O deputado Itai Hagman contestou, indicando uma coordenação evidente.
O escândalo gerou denúncias de fraude na Argentina e nos EUA, tornando-se um dos principais obstáculos para Milei desde sua posse em dezembro de 2023, especialmente antes das eleições de meio de mandato em outubro.