Chavismo estica votação na Venezuela, enquanto baixa participação marca pleito
Abstenção histórica é esperada nas eleições na Venezuela, com participação projetada em apenas 30%. O cenário é marcado por divisões na oposição e alegações de intimidação por parte do regime de Maduro.
Recorde de abstenção é esperado neste domingo (25) nas eleições parlamentares e regionais na Venezuela.
Os venezuelanos votam para renovar a Assembleia Nacional, governadores e deputados regionais. É a primeira eleição nacional desde o pleito presidencial de 2024, em que Nicolás Maduro declarou vitória sem as atas eleitorais que comprovassem o resultado.
As expectativas de participação são de apenas 30%, segundo institutos de pesquisa; em resposta, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) prorrogou o horário de votação por uma hora.
Elvis Amoroso, presidente do CNE, disse que a prorrogação se deu devido ao número elevado de votantes nos centros eleitorais. A mídia estatal atribuiu a baixa movimentação de eleitores às chuvas.
Nicolás Maduro, em um vídeo no Telegram, convocou os eleitores, acompanhado de sua esposa e filho, candidato às eleições.
Nas eleições de 2020, o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) obteve 253 das 277 cadeiras no Parlamento. A oposição se divide, com María Corina Machado pedindo boicote à votação, enquanto Henrique Capriles defende a participação.
Autoridades do regime prenderam dezenas de opositores antes das eleições, acusando-os de um complô contra Maduro e afirmando que haveria planos de ataques contra embaixadas e locais estratégicos.
A ditadura de Maduro também promoveu uma campanha para as eleições na região de Essequibo, que é reivindicada pela Venezuela. O CNE informou que 12 centros de votação foram instalados no estado de Bolívar.
A Casa Branca rejeitou as tentativas de Maduro de comprometer a integridade territorial da Guiana. Em resposta, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, reforçou o compromisso de defesa da soberania nacional, reunindo-se com tropas das Forças de Defesa.