ChatGPT pode gerar US$ 100 bi em publicidade e desafiar Google, diz Wells Fargo

ChatGPT pode gerar US$ 100 bilhões em receitas publicitárias até 2030, alcançando 30% de participação em um mercado de US$ 340 bilhões, segundo relatório do Wells Fargo Securities.

A análise, liderada por Ken Gawrelski, indica uma mudança estrutural nas buscas online, impactando diretamente o Google, que detém atualmente mais de 90% do mercado.

O ChatGPT já possui 8% de participação em “instâncias de busca” e deve integrar anúncios patrocinados em sua plataforma nos próximos 12 meses.

No relatório, os analistas afirmam: “Esperamos que o ChatGPT lance publicidade dentro dos próximos 12 meses e capture 30% do mercado de anúncios em buscas até 2030.”

A participação do Google deve cair para 60% no mesmo período, enquanto concorrentes como Meta AI, Perplexity e Bing alcançam 10%.

Com mais de 500 milhões de usuários ativos semanais, o ChatGPT tem potencial para monetizar através de publicidade, especialmente considerando que apenas 5% estão em planos pagos.

A contratação de Fidji Simo, ex-CEO da Instacart, sinaliza o interesse da OpenAI em modelos de monetização publicitária.

Até o final de 2025, o ChatGPT deve alcançar 17% de participação nas buscas, com a convergência entre uso e monetização prevista até 2030.

A entrada do ChatGPT na publicidade poderia impactar negativamente o Google, que já apresenta desaceleração em seus “paid clicks”, que cresceram apenas 2% recentemente.

Os analistas alertam que uma queda nos preços por clique pode afetar o lucro por ação (EPS) do Google em 2026.

Adicionalmente, fatores como acordos de distribuição com novos mecanismos de busca e o julgamento antitruste do Departamento de Justiça dos EUA podem acelerar essa mudança no setor.

Para o Wells Fargo, o ChatGPT representa o maior desafio ao modelo de negócios do Google em mais de uma década.