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Chanceleres do Brics defendem OMC e criticam 'medidas protecionistas unilaterais', sem citar Trump

Chanceleres do Brics reafirmam apoio ao multilateralismo e criticam medidas protecionistas. Em declaração, grupo destaca a importância da OMC e a necessidade de reformas na arquitetura financeira global.

Chanceleres do Brics defendem a OMC em meio à guerra comercial liderada pelos EUA.

Em declaração, criticaram “medidas protecionistas unilaterais injustificadas”. O Brasil, atual presidente temporário do grupo, promoveu a primeira reunião de ministros de Relações Exteriores, que terminou sem uma declaração consensual, mas garantiu consenso no tema da guerra comercial.

O ministro brasileiro, Mauro Vieira, afirmou que a declaração reflete a posição unânime dos países do Brics. Ele destacou o “firme rechaço” ao protecionismo comercial e o uso de políticas verdes para fins protecionistas.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, confirmou a concordância entre os países na análise da economia global e as preocupações com o “enfraquecimento do multilateralismo”.

A declaração evitou mencionar o presidente Donald Trump e os EUA diretamente. No entanto, enfatizou a oposição a sanções econômicas unilaterais e suas consequências negativas, especialmente para os mais pobres.

Outro tema abordado foi a reforma da arquitetura financeira global. Os representantes do Brics pediram maior participação dos países em desenvolvimento nas instituições financeiras internacionais e a ampliação do uso de moedas locais em transações entre os membros do grupo.

A formação do Brics evoluiu de um conceito econômico para um fórum político, promovendo a colaboração entre países do Sul Global. Desde sua formalização em 2009, várias iniciativas como o Arranjo Contingente de Reservas e o Banco de Desenvolvimento foram criadas, e, em 2023, novos membros como Arábia Saudita e Egito se juntaram ao grupo.

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