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Chanceler de Lula vai aos EUA e tenta destravar negociações às vésperas do tarifaço de Trump

Ministro brasileiro busca diálogo com EUA para evitar tarifas de 50% sobre produtos. Enquanto isso, pressão aumenta com o término do prazo para o tarifaço se aproximando.

Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou a Nova York neste domingo, 28, antes do início do tarifaço de Donald Trump, que pode impor uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros.

Vieira tem uma reunião na ONU sobre a situação na Palestina, mas emissários brasileiros indicaram que sua presença poderia ajudar nas negociações sobre tarifas.

Até agora, não houve resposta clara da Casa Branca sobre essa relação. Embaixadas brasileiras comunicaram que, se os EUA sinalizarem disposição para discutir, Vieira também estará disponível.

Em meio à pressão, Estados Unidos e União Europeia (UE) fecharam um acordo de tarifas de 15%, evitando uma sobretaxa de 30%. Isso reduz incertezas no comércio global, mas aumenta a pressão sobre o Brasil, sem canal de negociação direto com os EUA.

O governo de Lula busca negociar questões comerciais e transmitiu a necessidade de discutir processos judiciais em andamento. Trump, ao anunciar as tarifas, criticou a Suprema Corte do Brasil e afirmou que Bolsonaro é perseguido judicialmente.

As conversas entre os EUA e Brasil estão sendo dificultadas por questões políticas. O Brasil quer focar, apenas, em assuntos comerciais. Uma carta foi enviada aos EUA em maio para discutir interesses de importação, mas sem resposta até o momento.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento afirmou que o Brasil busca diálogo comercial sem contaminação política, reforçando que sua soberania é inegociável.

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