Ceron: derrubar IOF equivale a extinguir MCMV e cortar Defesa e Farmácia Popular
Ceron alerta que a revogação do aumento do IOF pode comprometer programas sociais essenciais. Ele afirmou que a equipe econômica busca alternativas para assegurar a arrecadação necessária ao cumprimento da meta fiscal.
Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, alertou que a derrubada do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) afetaria programas essenciais do governo federal, como Minha Casa, Minha Vida, investimentos do Ministério da Defesa e o programa Farmácia Popular.
A declaração ocorreu em uma coletiva sobre as contas do governo central em abril. Ceron mencionou que a equipe econômica ainda está trabalhando em uma solução e deve apresentar proposta em até 10 dias, conforme exigência do Congresso.
Ceron reconheceu a falta de alternativas concretas à receita projetada de R$ 20 bilhões para 2025 e R$ 40 bilhões para 2026 provenientes do aumento do IOF. Ele enfatizou que essa arrecadação é essencial para o cumprimento da meta fiscal, afirmando: “Sem esses recursos, temos situação complexa”.
O tesoureiro também destacou o contingenciamento de R$ 31,3 bilhões implementado pelo governo, ressaltando que cortes severos em áreas essenciais serão necessários se houver perda adicional de arrecadação.
- Ceron está aberto a sugestões do Congresso, como taxação de apostas esportivas e criptoativos.
- A equipe já adotou medidas para minimizar perdas, incluindo tributação sobre fundos nacionais no exterior.
- Uma autorização para resgatar R$ 1,4 bilhão do Fundo Garantidor de Operações (FGO) foi dada e deve refletir no caixa em breve.
Ele concluiu enfatizando a intenção do governo em trabalhar em soluções estruturais em colaboração com o Legislativo. “Vamos apresentar soluções que garantam soluções estruturais para a situação fiscal que o país enfrenta”, finalizou.