CEOs das big techs investiram milhões em Trump, mas ainda não viram retorno
Executivos de tecnologia apostaram em Donald Trump com doações e elogios, mas enfrentam um relacionamento complicado. As recentes políticas do presidente, incluindo tarifas e corte de financiamentos, ameaçam o crescimento das big techs.
Grandes empresas de tecnologia e seus CEOs doaram milhões para a posse do presidente Donald Trump, mas, após três meses do segundo mandato, a retribuição foi mínima.
As tarifas globais impostas por Trump pressionam as cadeias de suprimento da Apple e tornam mais caros os projetos de Amazon, Meta, Google e Microsoft em inteligência artificial.
O presidente também cortou o financiamento federal para pesquisas em tecnologias emergentes e manteve uma postura regulatória agressiva, já sinalizando um julgamento histórico para desmembrar a Meta.
Desde sua posse, o valor de mercado das cinco maiores empresas de tecnologia caiu 22%, enquanto o índice Nasdaq caiu 21%.
A expectativa de um relacionamento mais amigável entre Trump e as big techs se desfez; especialistas apontam que a abordagem dos executivos pode ter sido um equívoco.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, e outros líderes de tecnologia tentaram influenciar a administração, mas não obtiveram comentários ou promessas de apoio em troca.
As tensões entre a tecnologia e Trump começaram em 2016, quando executivos apoiaram Hillary Clinton. Desde então, Trump adotou uma postura regulatória rigorosa e criticou as redes sociais. No entanto, seu tom se suavizou após um incidente de segurança no qual Trump foi ferido.
Com doações significativas para a posse, executivos como Musk, Bezos, Zuckerberg e Cook contribuíram e compareceram ao evento.
Apesar dos cortes de financiamento, Trump abriu espaço para uma abordagem regulatória mais leve em IA, a qual considera essencial na disputa tecnológica com a China.
No entanto, a pressão sobre as empresas de tecnologia continua, com a administração Trump não demonstrando sinais de recuo em processos antitruste contra Google, Meta, Amazon e Apple.