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CEO do BTG Pactual critica aumento de impostos pelo governo e diz que é 'mais areia na engrenagem'

Executivos de grandes bancos criticam propostas do governo para tributar investimentos de renda fixa. Eles defendem cortes de gastos e reformas estruturantes como caminho para o equilíbrio fiscal.

Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, criticou a proposta do governo federal de acabar com a isenção de investimentos em renda fixa, buscando compensar a redução das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Durante a abertura da Febraban Tech 2025, ele afirmou: "O governo tem o privilégio de ser um monopólio de tributar, mas a sociedade reage."

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu o fim da isenção do Imposto de Renda em instrumentos como LCAs, LCIs, CRIs e CRAs, com tributação de 5%. Esta medida será formalizada em uma medida provisória.

Sallouti também destacou a necessidade de o Brasil revisar suas despesas orçamentárias, avisando que o atual modelo fiscal se tornará insustentável após 2026. Segundo ele, a tendência é de aumento da carga tributária e ineficiência.

Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, defendeu o equilíbrio fiscal por meio de cortes de gastos e se mostrou favorável ao diálogo com o Congresso.

Mario Leão, presidente do Santander Brasil, também apoiou a discussão proativa sobre gastos e reformas estruturais essenciais para o país.

O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, pediu uma visão de longo prazo para melhorar o Brasil.

O presidente Lula se reunirá com Haddad para discutir os detalhes da redução das alíquotas do IOF e o pacote de medidas, que inicialmente focará na ampliação de receita, com cortes estruturais a serem abordados posteriormente.

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