CEO do BTG defende revisão dos gastos públicos no Brasil: ‘O que estamos esperando?’
Roberto Sallouti pede revisão imediata de gastos públicos para evitar aumento de tributos e garantir eficiência no orçamento. A crítica vem na esteira das novas medidas fiscais do governo que não atendem às expectativas do mercado financeiro.
Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, criticou as medidas do governo para equilibrar as contas públicas durante painel na Febraban Tech em 10 de outubro.
Ele afirmou que a revisão de gastos governamentais é inevitável e instou por eficiência no orçamento para evitar aumento de tributos que impactariam o PIB e a produtividade do Brasil.
As declarações surgem após o governo apresentar novas medidas fiscais em resposta à crítica ao decreto que elevou o IOF. A estratégia envolve recomposição de receitas, ao invés de propostos cortes de gastos.
A proposta inclui uma taxação de 5% sobre novas emissões de LCA e LCI, que antes eram isentas, e um aumento de receita a partir de taxação de apostas esportivas.
Milton Maluhy, CEO do Itaú, enfatizou um apelo à união política em prol do Brasil. Já Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, defendeu cortes de gastos como a melhor solução fiscal, e Mario Leão, CEO do Santander Brasil, destacou a necessidade de reformas estruturais a partir de 2026.
As mudanças mais robustas são esperadas apenas após as eleições presidenciais do ano que vem.
Os presidentes do BB e da Caixa não comentaram a questão.