CEO da Embraer diz ser contra retaliar EUA e defende concessões dos dois lados; assista
CEO da Embraer defende negociação com os EUA e rejeita retaliações do governo brasileiro. Gomes Neto acredita em um acordo que beneficie a balança comercial e minimize os impactos das tarifas anunciadas por Trump.
CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, rejeita ideia de retaliação brasileira às tarifas impostas por Donald Trump.
Em entrevista ao C-Level, ele aponta que essa ação aumentaria a tensão entre Brasil e EUA, defendendo a busca por negociações.
O CEO propõe uma estratégia alternativa que envolve concessões de ambos os lados, discutida em reunião com empresários e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Gomes Neto está em contato com autoridades americanas para tentar um acordo que aumente a balança comercial entre os países, eliminando tarifas em certos setores.
A sobretaxa de 50% pode afetar 60% do faturamento da Embraer, ligado ao mercado americano e às 181 encomendas atuais.
A Embraer deve comprar mais de US$ 20 bilhões em componentes dos EUA nos próximos cinco anos, destacando a interdependência entre os países.
Companhias aéreas americanas estão apoiando a fabricante, já que precisam dos aviões da Embraer. A expectativa é por uma redução ou isenção das tarifas para o setor de aviação.
Gomes Neto espera que o governo brasileiro encontre uma solução até julho, mostrando-se otimista em relação ao engajamento do governo.
A empresa teve um crescimento histórico em 2024 e planeja um resultado ainda melhor para 2025.
A Embraer busca uma negociação que beneficie ambos os lados, ressaltando a importância de resolver a situação sem recorrer a retaliações.
O CEO observa que a manutenção da tarifa de 50% tornaria as aeronaves menos competitivas, apontando a dificuldade de mitigar esse impacto.
A Embraer está aberta a melhorias comerciais, mas não vê planos para um novo acordo com a Boeing no horizonte.
Gomes Neto destaca o crescimento da aviação no Brasil e a importância de uma conectividade melhorada através da construção de mais aeroportos.