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CEO da Electrolux mira expansão no Brasil, mas câmbio e juros preocupam

Electrolux se reinventa sob nova liderança e foca em sustentabilidade e crescimento na América Latina. CEO global traça planos para enfrentar desafios econômicos, enquanto busca expandir participação no mercado de eletrodomésticos.

Electrolux: muito além dos aspiradores de pó

A Electrolux é uma multinacional sueca com faturamento anual de R$ 80 bilhões (2024) e pode vender eletrodomésticos sob oito marcas diferentes.

A fundação da empresa remonta a 1919, e os primeiros modelos de aspiradores de pó ainda estão expostos na sede em Estocolmo.

Yannick Fierling, o novo CEO global desde 1º de janeiro de 2025, enfrenta desafios como a instabilidade tarifária dos EUA e a necessidade de consolidação na América Latina, especialmente no Brasil.

Fierling destacou a possibilidade de reajustes de preços devido à depreciação do real e juros altos, apesar do desempenho excepcional de vendas de ar-condicionado e geladeiras em 2024.

No último trimestre, a empresa registrou um aumento global de 24% nas vendas, impulsionado principalmente pela América Latina, que representa 25% das vendas totais.

A Electrolux está investindo R$ 600 milhões na construção de uma nova fábrica em São José dos Pinhais, inaugurando em 2026, para celebrar 100 anos de presença no Brasil e criar 2.000 empregos.

Recentemente, a perspectiva da Electrolux para 2025 nos EUA foi alterada de “neutra” para “de neutra a negativa”, enquanto o cenário para a América Latina permanece “neutro”.

O CEO para a América Latina, Leandro Jasiocha, enfatizou as dificuldades do varejo local em decorrência de custos financeiros, como taxas de juros elevadas.

A nova fábrica tem como objetivo aumentar a participação de mercado em eletrodomésticos portáteis, atualmente entre 7% e 8%, buscando chegar a 30%, como nos grandes eletrodomésticos.

A planta será sustentada por materiais sustentáveis e se comprometerá a ser de zero emissões de carbono, assim como a sede em Estocolmo.

A Electrolux recebeu um empréstimo de 200 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento para financiar inovações sustentáveis.

O CEO global mencionou que o valor pelo desempenho ambiental é reconhecido por dois em cada três consumidores.

Ana Peretti, VP de Marketing da América Latina, observou o crescente interesse em estilos de vida sustentáveis, mesmo em um cenário econômico desafiador.

O grupo já enfrentou desafios anteriormente e está preparado para continuar sua trajetória focada no que realmente importa para os consumidores.

A reportagem foi feita a convite da Electrolux.

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