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CEO da Burberry quer voltar às raízes após tentativa de competir com gigantes do luxo

Burberry enfrenta queda histórica nas vendas e anuncia cortes de 1.700 empregos. Novo CEO critica estratégias anteriores e promete retornar às raízes da marca com foco em produtos icônicos.

Burberry corta 1.700 empregos em resposta a uma queda histórica nas vendas. O novo CEO, Joshua Schulman, disse que a marca se afastou de suas raízes devido a decisões erradas de antecessores.

Schulman, que assumiu em julho passado, criticou a incursão em designs de nicho e bolsas caras, afirmando: “O resultado não valeu a pena”. As vendas estão no menor nível desde 2014, impactadas pela demanda fraca e tarifas comerciais.

A Burberry enfrentou uma década de instabilidade, tendo três CEOs, um monograma ridicularizado e poucos resultados positivos. Embora as ações tenham subido temporariamente, caíram mais de 60% desde o pico pós-pandemia.

A reestruturação envolve cortes na sede em Londres e na produção em Castleford, visando economizar 60 milhões de libras em dois anos. O foco será retornar a produtos tradicionais, como trench coats e lenços.

Os investidores reagiram positivamente, com as ações subindo 17%. No entanto, Schulman alertou sobre a incerteza nas vendas nos EUA e a desaceleração na Ásia-Pacífico, áreas críticas para a Burberry.

O CEO descreveu o plano de reestruturação como dificultoso, mas necessário. O fim do turno noturno em Castleford arrisca 170 empregos, o que preocupa a comunidade local.

Schulman propôs uma reaproximação da herança da marca, encerrando tentativas de alcançar a alta moda que não deram certo. A situação atual apresenta desafios, mas os investidores depositam esperança nas mudanças pragmáticas que estão por vir.

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