Centro-direita vence eleições em Portugal
AD conquista 86 cadeiras na Assembleia da República em eleições marcadas por alta afluência. PS e Chega disputam o segundo lugar com 58 assentos cada, enquanto partidos de esquerda enfrentam perdas significativas.
A AD (Aliança Democrática), coligação de centro-direita formada pelo PSD e pelo CDS-PP, liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, conquistou 86 cadeiras na Assembleia da República nas eleições de 18 de maio de 2025.
O 2º lugar ainda está indefinido, com PS e Chega empatados em 58 cadeiras cada. O PS sofreu uma perda de 19 vagas, enquanto o Chega ganhou 10.
Os votos dos círculos eleitorais da Europa e fora dela ainda precisam ser contabilizados, o que elegem mais 4 deputados.
O Bloco de Esquerda conquistou apenas 1 cadeira, Livre avançou para 6, e a CDU ficou com 3. O PAN manteve sua única representante, enquanto a IL ganhou uma cadeira, subindo para 9.
Esta foi a 3ª eleição em três anos, após a queda do governo minoritário de Montenegro, que enfrentava uma crise política relacionada à sua empresa, a Spinumviva.
A taxa de participação foi de 64,38%, superior a 2024, quando ficou em 59,84%. O sistema político português é semipresidencialista, e o premiê é nomeado pelo presidente após consultar os partidos.
A AD não atingiu a maioria absoluta (116 cadeiras), governando de forma minoritária. Se não houver coligação com o Chega, a AD precisará negociar com outras legendas.
A moção de confiança ao governo de Montenegro foi rejeitada em março, levando à convocação de eleições antecipadas. Problemas em sua empresa e questões sobre imigração dominaram a campanha. O líder do Chega, André Ventura, focou em políticas anti-imigração, um tema popular entre eleitores.
Portugal, em 2023, ficou em 12º lugar na recepção de imigrantes e, de acordo com projeções, pode subir para o 7º em breve. A imigração é crucial para o mercado de trabalho e a previdência no país.