Censo: estados da Amazônia têm ruas menos arborizadas e capitais do agro são destaque positivo
Censo 2022 revela disparidade na arborização urbana entre regiões do Brasil, com a Amazônia apresentando as piores taxas. Enquanto estados do agronegócio destacam-se positivamente, cidades da floresta tropical enfrentam graves desafios ambientais.
Dados do Censo 2022 do IBGE revelam que a Amazônia, apesar de ser a maior floresta tropical úmida do mundo, possui algumas das piores taxas de arborização urbana no Brasil.
A pesquisa "Características urbanísticas do entorno dos domicílios", divulgada nesta quinta-feira, abrange 174,1 milhões de brasileiros em 5.698 municípios.
Resultados principais:
- 66% da população vive em vias arborizadas (pelo menos uma árvore de 1,70m).
- Apenas 32% vive em ruas com mais de cinco árvores.
- Piores taxas: Acre (10,7%), Amazonas (13,7%), Sergipe (14%), Roraima (14,5%) e Alagoas (16,5%).
Os estados da Amazônia Legal dominam os dez piores resultados.
Na outra ponta, Mato Grosso do Sul se destaca com 58,9% dos moradores em vias com mais de cinco árvores. Outros estados com bons resultados incluem:
- Paraná (49%)
- Mato Grosso (40,3%)
- Goiás (40,2%)
- São Paulo (38,4%)
São Pedro das Missões (RS) é o município com a melhor taxa: 99,64% dos moradores têm acesso a vias com mais de cinco árvores. Ainda, Maringá (PR) tem 98,6%.
Embora cinco estados da Amazônia estejam entre os dez piores, Sergipe (68,2%) e Alagoas (58,2%) têm as maiores taxas de moradores em vias sem árvores.