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Censo Escolar 2024 revela mais crianças negras na creche e crescimento de matrículas no ensino médio

Censo Escolar 2024 revela aumento nas matrículas de crianças negras em creches, marcando um avanço na inclusão educacional no Brasil. No entanto, desafios persistem, com cobertura ainda abaixo da meta do Plano Nacional de Educação e a necessidade de ações para garantir a educação infantil de qualidade.

Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em 9 de outubro, revelou que, pela primeira vez, o número de crianças negras nas creches superou o de brancas. Em 2023, 40,2% das crianças matriculadas eram negras, em comparação com 38,3% de brancas.

Em 2022, esses números eram de 35,1% para brancas e 34,7% para negras. Mariana Luz, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, enfatiza que, apesar do avanço, ainda é insuficiente diante da vulnerabilidade dessas crianças.

A proporção de crianças negras em creches públicas aumentou de 38% para 45%. Luz ressalta a importância de uma busca ativa para garantir o direito à educação infantil, uma fase crucial para o desenvolvimento cognitivo.

A educação infantil continua uma prioridade no Brasil, mas o Censo 2024 mostra que a inclusão ainda não atingiu a meta de 50% do Plano Nacional de Educação, ficando em 38,7%.

Caiu também o número de matrículas em pré-escolas, com uma redução de 0,6%. A responsabilidade pela educação infantil é dos municípios, mas Mariana Luz defende maior envolvimento de estados e da União.

No ensino médio, as matrículas aumentaram para 7,8 milhões em 2024, um crescimento de 1,5%. Este aumento é visto como recuperação após a pandemia, impulsionado pelo programa Pé-de-Meia, que oferece incentivos financeiros a estudantes de famílias de baixa renda.

Mesmo com o aumento das matrículas, a maioria dos alunos se encontra em escolas urbanas, com 83% das matrículas na rede pública estadual. A taxa de alunos no turno noturno é de 17,5%, um destaque desta etapa de ensino.

O ensino profissionalizante cresceu enormemente, com matrículas aumentando 2,4 vezes, totalizando 2,57 milhões, sendo 1,57 milhão na rede pública. Camilo Santana, ministro da Educação, expressou o desejo de colocar o Brasil entre os países da OCDE.

O Piauí se destaca com 52,4% de matrículas no ensino médio integradas ao ensino técnico, evidenciando o impacto positivo da educação profissional.

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