HOME FEEDBACK

Cenário doméstico influencia mercados de LatAm mais do que Trump, diz Bradesco BBI

Ben Laidler, do Bradesco BBI, afirma que as eleições e políticas locais são cruciais para o desempenho das ações na América Latina. A região mostrou resiliência em meio à instabilidade global, com crescimento significativo em seus índices acionários.

Perspectivas para ações da América Latina dependem mais de eleições locais e política fiscal e monetária do que da guerra tarifária de Donald Trump, afirma Ben Laidler, diretor de estratégia de ações do Bradesco BBI.

Em entrevista em São Paulo, Laidler destacou: “O fato de você ganhar ou perder dinheiro na América Latina neste ano depende do que acontecer na América Latina.”

As ações da região se recuperaram em 2025, com o índice MSCI EM Latin America subindo 16%, enquanto o S&P 500 caiu 7,5%.

Laidler observou que os mercados da América do Sul oferecem valuações atraentes e moedas baratas, criando oportunidades para investidores. O índice MSCI Latam é negociado a 8,77 vezes os lucros estimados, em comparação com 11,57 do MSCI e 19,26 do S&P 500.

Ele acredita que a rotação global dos EUA para outras regiões “está apenas começando.”

Resultado das eleições no Chile é foco para investidores, com a candidata de centro-direita Evelyn Matthei liderando nas pesquisas para o primeiro turno em novembro.

Quanto à Argentina, Laidler se mostrou otimista com a agenda de reformas e o recente acordo com o FMI, afirmando que o país é a principal escolha do Bradesco BBI na região.

No Brasil, as eleições presidenciais do próximo ano e o ciclo de flexibilização do Banco Central são fatores importantes. Traders já estão ajustando suas carteiras antes da votação de 2026.

Laidler está aumentando o risco em sua carteira, incluindo empresas estatais como Petrobras e Banco do Brasil, e ações financeiras como BTG Pactual, XP e B3.

Ele enfatizou: “Se acontecer algo que não seja o pior ambiente de risco global, fatores de autoajuda locais serão dominantes.”

Veja mais em bloomberg.com

Leia mais em bloomberg