Cenário de juros altos recompensa gestão conservadora
Desempenho dos fundos de investimento é afetado por altas taxas de juros e inflação, com apenas 20% superando o CDI. Enquanto isso, fundos de crédito privado e investimentos no exterior se destacam com rendimentos superiores.
Guia Valor de Fundos de Investimento analisa desempenho de carteiras entre abril de 2022 e março de 2025.
A diferença entre a variação do CDI e a inflação (IPCA) atingiu um recorde: 7,62 pontos percentuais.
Do total de 2.024 fundos analisados, apenas 20% superaram a rentabilidade do CDI.
No período, o ganho do CDI foi de 12,30% ao ano, a inflação de 4,68% e o Ibovespa apenas 2,77%.
Investimentos em renda variável no exterior se destacaram com alta de 17,46% nos BDRs e 9,06% no S&P 500.
O IDA-DI teve rentabilidade de 13,92% ao ano, superando o CDI e refletindo o desempenho dos fundos de crédito privado.
Os fundos agressivos apresentaram baixo desempenho, com IHFA subindo 7,71% ao ano, abaixo dos fundos conservadores.
Na categoria Renda Fixa DI, a média foi de 11,59% ao ano, com uma mediana de 11,90%.
A categoria Renda Fixa Ativo Prefixado teve rendimento médio de 11,19% ao ano.
Os fundos Juro Real apresentaram desempenho fraco, com apenas 7,05% ao ano, devido à baixa rentabilidade do Tesouro IPCA.
Os fundos Crédito Privado foram os únicos a oferecer ganhos acima do CDI, com rentabilidade média de 12,64% ao ano.
Na categoria Debêntures Incentivadas, o rendimento médio foi de 10,15% ao ano.
Os fundos Multimercado Baixa Volatilidade renderam 10,18% ao ano, superando os fundos Multimercado Tradicionais que renderam apenas 5,95%.
A rentabilidade média dos fundos Long & Short foi de 9,50% ao ano.
Long Biased e fundos de Ações apresentaram desempenhos ruins, respectivamente 0,86% e -1,18% ao ano.
Os fundos Ações no Exterior tiveram uma rentabilidade média de 11,01% ao ano, enquanto Investimentos no Exterior renderam 8,30%.
A rentabilidade da categoria Alocação Multimercado foi de 8,29% e Alocação Ações ficou negativa em -1,13% ao ano.