Ceará articula com Alckmin e empresários reação ao tarifaço dos EUA
Ceará se mobiliza para enfrentar tarifa de 50% dos EUA e busca garantir competitividade das exportações. Grupo de trabalho será formado com participação de setores produtivos locais e do governo federal para articular estratégias de resposta.
Governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT-CE), anunciou a criação de um grupo de trabalho em resposta ao tarifaço de 50%, imposto pelos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto.
Esta ação nasceu de uma reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), em Brasília, após mobilizações de outros governadores e senadores.
O Ceará é o *Estado mais afetado*, com metade de suas exportações destinadas aos EUA.
Elmano destacou o interesse de empresários norte-americanos em evitar um conflito tarifário. "Não interessa um perde-perde entre as duas economias", afirmou.
O grupo de trabalho incluirá representantes do governo estadual, Fiec (Federação das Indústrias), Faec (Federação da Agricultura) e técnicos federais.
- O foco é preparar respostas imediatas para garantir a competitividade das empresas.
- No sábado, o chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira, ressaltou a abertura ao diálogo com setores produtivos.
Além de Alckmin, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), convocou um diálogo unificado entre o governo federal e governadores.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou medidas locais, como crédito subsidiado e liberação de créditos de ICMS, para mitigar impactos do tarifaço, que pode resultar em uma perda de até R$ 7 bilhões anuais e comprometer até 120 mil postos de trabalho.
No Congresso, uma comitiva liderada por Nelsinho Trad (PSD-MS) busca adiar a medida de Donald Trump.
O governo federal, sob Alckmin, já tem um plano de contingência e busca ações diplomáticas para evitar a tarifa. O ministro das Finanças, Fernando Haddad (PT), afirmou que o diálogo é a prioridade enquanto esperam respostas dos EUA.