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CCR quer ganhar fôlego financeiro para participar dos próximos leilões de rodovias

CCR planeja vender concessões de aeroportos e buscar sócios para mobilidade, focando em rodovias lucrativas. A empresa, que já contratou assessores financeiros, afirma não estar em negociações imediatas, mas busca fortalecer seu portfólio.

CCR busca desinvestir em aeroportos e focar em rodovias

A CCR pretende fazer caixa e participar de novas concessões de rodovias, que têm maior margem de ganho. No ano passado, a empresa anunciou planos de se desfazer de suas concessões de aeroportos e buscar sócios minoritários para sua operação de mobilidade.

A CCR possui 17 aeroportos no Brasil, além de linhas de metrô e trens no Rio. No entanto, não tem pressa nas negociações. Para tratar de seus ativos de aeroportos, contratou o Itaú BBA e a Lazard. O BTG e o Goldman Sachs buscarão investidores, incluindo internacionais, para os ativos de mobilidade.

Atualmente, mais de 49% das ações da CCR estão em bolsa, com uma valorização > 13% este ano. Principais acionistas incluem Soares Penido, Votorantim, Itaúsa e Grupo Mover.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CCR afirmou que, apesar de ter contratados assessores financeiros, “não há qualquer negociação sobre potenciais movimentos ocorrendo no momento”.

Segundo o diretor Juan Landeira, muitas empresas reavaliam seus ativos para preparar-se para novas rodadas. A CCR, por exemplo, ficou de fora da sétima rodada de concessões de aeroportos, perdendo a chance de gerir Congonhas, que poderia trazer sinergia com seus terminais nas regiões Sul e Sudeste.

Analistas destacam que a margem de ganho é significativamente maior em concessões de estradas do que em aeroportos ou mobilidade urbana. Em 2024, a CCR afirmou que o período foi crucial para as obras em 14 aeroportos, completando um grande ciclo de investimentos.

Entre os terminais da CCR estão Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, São Luís e Pelotas, que transportam 43 milhões de pessoas anualmente. Seus ativos de mobilidade incluem o VLT no Rio e as linhas de metrô de São Paulo. Recentemente, a concessão de barcas no Rio foi encerrada.

Outro analista ressalta que a CCR revisará seu portfólio, mas não se desfará de ativos “a preço de banana”. A empresa não comentou a situação quando procurada.

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