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CCJ aprova PEC da segurança e retira poder exclusivo da União

CCJ aprova PEC da segurança pública e texto avança para Comissão Especial. Mudanças propostas visam ampliar competências das polícias e estabelecer novas ouvidorias em todo o Brasil.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou, em 15 de julho de 2025, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da segurança pública, com um placar de 43 a 23. O texto agora segue para Comissão Especial e, posteriormente, será analisado pelo plenário.

No dia 8 de julho, o relator, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), retirou do texto a cláusula que conferia à União “competência privativa” para legislar sobre segurança, uma das principais objeções no Congresso. A proposta foi enviada pelo Executivo em abril de 2025 e essa foi a única alteração.

A comissão da CCJ não avalia o mérito, mas apenas verifica a conformidade com a Constituição de 1988. Mendonça considerou a competência exclusiva “inconstitucional”, por comprometer a forma federativa do Estado.

Outra proposta do Executivo visa alterar o nome da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para Polícia Viária Federal. O relator se opôs, citando um custo estimado de R$ 250 milhões para a mudança, que não traria benefícios operacionais relevantes.

  • COMPETÊNCIAS DAS POLÍCIAS:
    • Ampliação dos poderes da PF (Polícia Federal) para operar nos Estados.
    • Criação da Polícia Viária, focada no policiamento de rodovias, ferrovias e hidrovias federais.
    • Ato contra crimes ambientais e organizações criminosas com repercussão interestadual ou internacional.
  • FUNDO DE SEGURANÇA PÚBLICA:
    • Permanência dos fundos nacional e penitenciário separados, com compartilhamento entre as esferas da Federação.
  • CORREGEDORIAS:
    • Criação de ouvidorias públicas autônomas para investigar irregularidades nas polícias.
  • CONSELHO NACIONAL:
    • Estabelecimento de um Conselho Nacional de Segurança Pública, consultado pelo governo para o plano nacional de segurança.
  • GUARDAS MUNICIPAIS:
    • Integração das guardas municipais com demais forças de segurança, respeitando suas competências.
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