Categoria aceita proposta do governo e descarta greve no metrô de SP

Metroviários de São Paulo aceitam proposta do governo

Os metroviários de São Paulo aceitaram a proposta do governo estadual, rejeitando a possibilidade de greve a partir de terça-feira (27). A decisão foi anunciada na noite de quinta-feira (22) após votação online.

A votação começou na noite de quarta-feira (21) após assembleia na nova sede do Sindicato dos Metroviários. A presidente Camila Lisboa, ao ler a proposta do governo Tarcísio de Freitas, indicou sua aprovação.

Resultados da votação:

• 79,16% a favor da proposta (2.196 trabalhadores)
• 18,71% pela greve (519 pessoas)
• 2,13% se abstiveram (59 metroviários)

A proposta incluiu uma reposicão salarial de 5,01% pela inflação, sendo 4,01% pago agora e 1% utilizado para evitar aumento no plano de saúde da categoria. Além disso, houve a proposta de extensão do acordo salarial por mais dois anos.

Camila Lisboa defendeu a proposta como excelente para a categoria. Entretanto, críticas surgiram em relação à proposta e foi feito um indicativo de greve para o dia 27.

A presidente do sindicato destacou a preocupação com os direitos do acordo coletivo e mencionou mobilizações para evitar ataques à categoria. A assembleia também discutiu os projetos de concessão das linhas de metrô, que foram fortemente criticados.

O governo de Tarcísio propõe a privatização da gestão das linhas públicas do metrô e não planeja novos ramais sob administração direta. O tema já foi debatido em assembleias da categoria anteriormente.

No último mês, ferroviários suspenderam uma greve contra a concessão de ramais que foram leiloados. Recentemente, metroviários protestaram após um acidente trágico em uma estação, reforçando suas críticas às concessões.

Data da notícia: 22/05/2025