Castro estuda nomear Eduardo Bolsonaro como secretário no RJ

Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), indicou a possibilidade de nomear Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, como secretário estadual.

Eduardo está nos Estados Unidos e sua licença de 120 dias terminou no último dia 18. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo e confirmada pelo Valor.

Fontes próximas a Castro revelam que consultas informais ao Supremo Tribunal Federal (STF) indicaram que a nomeação poderia não ser bem recebida pelos ministros.

Eduardo, que saiu do Brasil sob a alegação de perseguição política, busca alternativas para não perder o mandato e teme ser preso ao retornar. Ele é investigado por suspeitas de articular sanções contra autoridades brasileiras.

A estratégia de Castro se baseia no Regimento Interno da Câmara, que permite licença a parlamentares nomeados para cargos no Executivo. Assim, se a licença ultrapassar 120 dias, o suplente seria convocado.

Atualmente, com o fim da licença, as faltas de Eduardo começam a ser contabilizadas. Auxiliares do deputado analisam quantas faltas podem ocorrer sem risco de perda do mandato, já que a Câmara está em recesso.

Segundo aliados, a ideia de nomear Eduardo partiu de Castro como um gesto a Bolsonaro. Contudo, essa ação é vista como improvável e possivelmente problemática para Castro.

A relação entre o governador e Bolsonaro se deteriorou devido à exoneração de Washington Reis (MDB). Castro teve reuniões em Brasília para articular sua pré-candidatura ao Senado e reafirmar sua posição no PL.

Apesar da falta de confirmação oficial, tanto fontes do PL quanto do governo reconhecem o interesse de Castro em nomear Eduardo.

Esse gesto poderia servir para apaziguar a relação com Bolsonaro e fortalecer a posição de Castro nas eleições. O pastor Silas Malafaia expressou publicamente agradecimento ao governador pela tentativa de salvar o mandato de Eduardo.