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Carta em que Napoleão finge desaprovar prisão de Papa é vendida por R$ 170 mil na França

Carta de Napoleão mostra manobra política ao tentar distanciar-se da prisão do Papa Pio VII. Leilão em Fontainebleau revela interesse contínuo por itens históricos relacionados ao Imperador.

Carta de Napoleão finge desaprovar a prisão do Papa Pio VII e é vendida por 26.360 euros (R$ 170,5 mil) em leilão em Fontainebleau.

A venda foi organizada pela casa de leilões Osenat, que havia estimado a carta entre 12 mil e 15 mil euros.

Datada de 23 de julho de 1809, a carta é considerada uma manobra política. Napoleão, que assina como "Napole", finge não ter ordenado a prisão do Papa, dirigindo-se ao arqui-reitor Jean-Jacques-Régis Cambacérès.

  • Napoleão afirma que o Papa foi levado "sem suas ordens" e "contra sua vontade".
  • Ele quer demonstrar autoridade e evitar a imagem de ter mandado prender o Papa.

O imperador havia tomado medidas drásticas devido à recusa de Pio VII em aderir à política de bloqueio continental:

  • Ocupou parte dos Estados Pontifícios.
  • Expulsou cardeais estrangeiros.
  • Prendeu o Papa no Vaticano e o mandou para prisão domiciliar em Savona e Fontainebleau.

Essa ação visava reafirmar o domínio de Napoleão sobre a religião católica, um papel que ele já tentara consolidar em sua coroação.

Os leilões afetados pela história napoleônica permanecem populares, mesmo mais de duzentos anos após a morte do imperador em exílio, em 1821.

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