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Cármen Lúcia cobra governo após episódio de racismo envolvendo ministra do TSE

Presidente do TSE denuncia ato racista contra ministra substituta e exige apuração do caso. Vera Lúcia tentou acessar evento sobre ética e enfrentamento da discriminação, mas foi barrada mesmo com identificação.

Ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrou explicações do governo federal após um caso de racismo envolvendo a ministra substituta Vera Lúcia Santana de Araújo.

O incidente ocorreu na última sexta-feira (17), quando Vera Lúcia foi impedida de entrar no edifício do 25º Seminário de Ética na Gestão Pública, em Brasília, apesar de estar convidada a palestrar.

Cármen Lúcia classificou o episódio como “dotado de muita gravidade e infelicidade” e formalizou uma denúncia à presidência da Comissão de Ética, que poderia levar a um processo criminal.

Ela destacou: “Uma das integrantes deste Tribunal foi centro de uma inaceitável conduta de discriminação.” Vera Lúcia apresentou sua carteirinha funcional, mas mesmo assim foi barrada.

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, expressou “indignação” com o ocorrido, considerando-o uma ofensa aos direitos fundamentais e à igualdade racial.

A AGU também se colocou à disposição do TSE para auxiliar nas providências necessárias.

A Comissão de Ética informou que o incidente não ocorreu no auditório do seminário, mas sim em uma das portarias do edifício, e que a segurança é responsabilidade do condomínio.

Vera Lúcia tem um histórico de defesa dos direitos humanos e da igualdade racial, tendo atuado em diversas instituições públicas.

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