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Carla Zambelli: por que a deputada pode ser extraditada mesmo com cidadania italiana

Ministro do STF determina prisão preventiva da deputada após sua saída do Brasil. Zambelli, que possui cidadania italiana, alega que não será extraditada.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve sua prisão preventiva dada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira, 4, após deixar o país.

Zambelli está atualmente nos Estados Unidos e planeja ir para a Europa, uma vez que possui cidadania italiana. Ela indicou que pedirá licença do mandato.

A deputada declarou que não será extraditada devido à sua cidadania e se considera “intocável”, afirmando estar "muito tranquila".

É importante lembrar que Brasil e Itália possuem um tratado de extradição em vigor desde 1993, e este acordo já foi utilizado em diversos casos, incluindo aqueles envolvendo cidadania italiana.

Como funciona o tratado:

  • Ambos os países são obrigados a entregar indivíduos procurados.
  • A extradição é válida apenas para crimes com pena superior a um ano.
  • A parte solicitante deve comprovar que restam pelo menos nove meses de pena a cumprir.
  • A extradição pode ser negada por razões de ordem pública e se houver risco de tratamento cruel.
  • Não será concedida se o crime resultar em pena de morte.
  • A entrega deve ocorrer em até 20 dias, com prorrogação possível.

Dupla cidadania: No caso de dupla cidadania, como a de Zambelli (brasileira e italiana), a extradição pode ser negada. No entanto, houve precedentes, como o de Henrique Pizzolato, que foi extraditado em 2015 após garantias do Brasil sobre as condições de cumprimento da pena.

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