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'Careca do INSS' recebeu R$ 53,5 mi de entidades e atuou para liberar descontos, diz PF

Antônio Carlos Camilo Antunes é investigado por corrupção e participação em esquema de descontos ilegais no INSS. A operação Sem Desconto resultou na apreensão de bens avaliados em mais de R$ 41 milhões, evidenciando um complexo esquema de vantagens indevidas.

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é apontado como o epicentro da corrupção ativa em investigação da Polícia Federal.

Ele recebeu R$ 53,58 milhões de entidades associativas e repassou R$ 9,32 milhões a servidores do INSS.

O empresário é alvo da operação Sem Desconto, que visa combater descontos ilegais em aposentadorias. A investigação revela que Antunes usava suas empresas para prestar serviços de consultoria às entidades associativas.

Os pagamentos ainda incluiram Virgílio Filho, ex-procurador-geral do INSS, e outros ex-diretores do instituto. A defesa de Antunes alegou que as suspeitas são infundadas, afirmando que sua inocência será comprovada.

Uma de suas empresas, a Prospect Consultoria, recebeu R$ 11 milhões da Ambec, que afirma não ter envolvimento em fraudes. A PF destaca que Antunes e sua esposa movimentaram R$ 353 milhões em transações imobiliárias suspeitas.

Virgílio Filho e sua esposa também estão implicados, com transações totais de R$ 7,54 milhões e a transferência de um Porsche Taycan para a mulher dele.

A investigação fez menções a pagamentos de R$ 1,46 milhão ao filho de André Fidelis, e R$ 313,2 mil a uma empresa ligada a Alexandre Guimarães, ambos ex-diretores do INSS.

Além disso, a PF apreendeu R$ 41 milhões em bens, incluindo 61 veículos e 141 joias, durante a operação. O Ministério Público Federal indica a possibilidade de enriquecimento ilícito e crimes relacionados.

Após a operação, Alessandro Stefanutto foi afastado do comando do INSS, e ressaltou sua inocência.

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