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Cardeal condenado por fraude e listado como não eleitor pelo Vaticano diz que vai participar do conclave

Becciu desafia a Santa Sé ao afirmar que participará do conclave, apesar de sua exclusão oficial. Sua condenação por fraude e os escândalos financeiros geram polêmica sobre sua elegibilidade e a validade da lista dos cardeais eleitores.

Cardeal Angelo Becciu, ex-assessor do papa Francisco, condenado por fraude em 2023, irá participar do conclave para eleger um novo pontífice, apesar de a Santa Sé listá-lo como não eleitor.

Becciu afirmou: "O papa reconheceu minhas prerrogativas cardinalícias como intactas." Ele indica que não houve um pedido explícito de sua renúncia. A lista oficial do Vaticano o exclui, pois ele tem 76 anos e apenas cardeais abaixo de 80 podem votar.

A exclusão se originou de sua renúncia em 2020, durante uma investigação sobre um esquema de negócios em Londres. A Santa Sé confirmou sua saída do cargo de Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Becciu teve um papel importante no Vaticano, mas foi alvo de uma operação em 2019, relacionada à compra de uma propriedade de € 350 milhões. A investigação foi ordenada pelo próprio papa Francisco.

Em 2023, Becciu foi condenado a cinco anos e meio de prisão por ordenar pagamentos fraudulentos, totalizando US$ 200,5 milhões, para um fundo de investimento especulativo e por outros pagamentos controversos. O cartão é o mais alto membro da Igreja a ser julgado criminalmente.

Esse caso reflete as reformas que Francisco implementou desde sua eleição, promovendo que bispos e cardeais fossem julgados em tribunais laicos.

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