‘Cara’, ‘extravagante’, ‘Taj Mahal’: Como a reforma de prédios do Fed virou arma de aliados de Trump contra Powell
Trump e aliados criticam reforma do Fed como estratégia para questionar liderança de Jerome Powell. Aumenta a pressão sobre o chefe do banco central em meio a pedidos de reduções de taxas de juros.
Trump critica reformas do Fed: O presidente dos EUA, Donald Trump, e aliados estão usando a reforma da sede do Federal Reserve (Fed) como forma de atacar o presidente do banco central, Jerome Powell. O projeto, que custará US$ 2,5 bilhões, é visto como uma oportunidade para questionar a liderança de Powell além da política monetária.
A pressão sobre Powell aumenta em meio a solicitações de Trump para redução das taxas de juros, que o Fed ignorou. Trump já declarou que deseja substituí-lo em 2026 por alguém que apoie taxas mais baixas, afirmando que “Jerome Powell é muito ruim para o nosso país”.
O ex-presidente regional do Fed, Kevin Warsh, também pede mudanças na liderança do Fed, citando a necessidade de juntar forças para “bater de frente” com as atuais práticas da instituição.
Críticos do Fed, incluindo alguns membros do governo, questionam os custos crescentes da reforma e as supostas extravagâncias do projeto, o que pode prejudicar a percepção pública sobre o banco central. Kathryn Judge, professora da Universidade Columbia, alerta que isso pode minar a credibilidade do Fed e reforçar a narrativa de Trump de um Fed mais responsável.
Os documentos mostram que os custos das reformas aumentaram substancialmente, passando de US$ 1,9 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2023. O diretor do OMB, Russ Vought, exigiu mais detalhes sobre o projeto, chamando a gestão de Powell de "desastrosa".
Trump afirma que não demitirá Powell, mas sugere que este deveria renunciar se mentiu para o Congresso. A controvérsia continua, com o Fed tentando rebater as críticas e alegando que as reformas visam consolidar operações e reduzir custos a longo prazo.
As tensões aumentam enquanto o futuro de Powell na presidência do Fed permanece incerto, especialmente após decisões judiciais recentes que complicam tentativas de remoção de líderes de agências independentes.
A dinâmica da situação sugere que as críticas aos custos da reforma podem ser mais sobre estratégias políticas do que uma verdadeira preocupação com a responsabilidade fiscal.