Captação líquida dos fundos cai no 1º trimestre e tem segundo pior resultado em cinco anos, mostra Anbima
Captação líquida de fundos atinge -R$ 159 bilhões no primeiro trimestre, o segundo pior resultado em cinco anos. A alta da Selic e a aversão ao risco ampliam a migração para fundos de renda fixa, que continuam dominando as captações.
Captação líquida negativa: No primeiro trimestre de 2023, os fundos registraram uma captação líquida de R$ 159 bilhões negativos, o segundo pior resultado em cinco anos.
Os resgates somaram R$ 39,8 bilhões, afetando os fundos de ações e de multimercados. O saldo foi superado apenas por 2023, com dados divulgados pela ANBIMA.
Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs): Apresentaram saídas líquidas de R$ 15,1 bilhões, concentradas em um único fundo, o FIDC Agro, Indústria e Comércio.
Crescimento do patrimônio: O patrimônio líquido dos fundos subiu 7,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, de R$ 8,8 trilhões para R$ 9,4 trilhões.
Renda fixa em destaque: Apesar da queda na captação, os fundos de renda fixa ainda lideram, com um total de R$ 43,2 bilhões no primeiro trimestre. A migração para produtos de crédito privado cresceu 51,1% devido aos juros altos.
Desempenho dos fundos: Apenas os fundos de renda fixa, ações e ETFs apresentaram resultados positivos. Os fundos de previdência sofreram saídas de R$ 2,9 bilhões em contraste com R$ 11,5 bilhões positivos no ano anterior.
Aportes e incertezas: O setor público aportou R$ 62,5 bilhões em 2025, mas isso não foi suficiente para um saldo positivo final. Rudge destacou a incerteza do cenário econômico.
Além disso, a ANBIMA investiga os gastos da população com apostas, considerando que esses valores poderiam ser direcionados a investimentos.